sábado, 9 de julho de 2011

Acorda, Mano Menezes

Fred se prepara para fazer o gol de empate -- lancenet
O Brasil empatou, na bacia das almas, agora há pouco por 2x2 contra o Paraguai. Tudo tedioso e previsível. Vejamos o caso de Robinho, por exemplo: a imprensa esportiva o linchou ao longo de toda a semana e, adivinhem só o que o treinador do time nacional, o Sr. Mano Menezes, fez? Sacou Robinho do time. Dá até depressão a maneira como o promissor Mano Menezes, das grandes revelações do futebol brasileiro para comando técnico, se apequenou na Seleção Brasileira, tornando-se um mero escravo dos holofotes do sistema Globo/CBF/Patrocinadores. A questão que resta é saber se é possível ser diferente hoje em dia, com Ricardo Teixeira, o chefão da CBF, se achando uma entidade intangível, na medida em que se aproxima a Copa do Mundo no Brasil e que mesmo com a revelação de um sem número de escândalos seus, as autoridades nada façam contra ele. E Teixeira é, no final das contas, a pedra de toque disso tudo. O jogo em si, portanto, é o que menos importa. Um treinador brasileiro inseguro, uma boa porém arrogante seleção e o Paraguai que mesmo sendo inferior, compensa isso jogando de forma aplicada - e Brasil e Paraguai hoje, não se esqueçam, são equipes no mesmo nível; ambos chegaram até às quartas de final da última Copa do Mundo e pararam diante dos dois finalistas daquela competição. Os paraguaios, espertos, falam em guarani para confundirem seus rivais e em tempos em que todos reproduzem o 4/2-3/1 como esquema, eles vão lá, enfiam duas linhas de 4 para anularem seus rivais e posicionam dois (bons) atacantes fechados para apanharem o contra-ataque quebrando a sobra de bola do rival. Uma boa jogada, mas única boa jogada ofensiva que o Brasil caiu por duas vezes.  Quando a derrota brasileira parecia certa, até a Globo desembarcava do seu fiel Mano Menezes - com Casagrande mudando de opinião sobre a boa entrada de Elano; Casão, pelo menos, se manteve na mudança, mas Galvão mudou de lado de novo, lançando rapidamente o "Copa América é assim mesmo, gente". Mas como sabemos, é tudo culpa do Dunga, aquele técnico ranheta.

5 comentários:

  1. Mas é claro, Lucas, é a paixão nacional :-)

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  2. toda vez que alguém fala de futebol no Brasil, um adolescente homossexual pobre é assassinado nas periferias das grandes metrópoles nacionais.

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  3. Eu não duvido, mas certamente não há relação causa-efeito entre uma coisa e outra.

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  4. Há, sim, uma relação patafísica, em ordem direta, entre uma cousa e oitra.

    Jorge-Luis Borges style.

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