terça-feira, 23 de novembro de 2010

Os Pontos Corridos e a Semi da Sul-Americana

Felipão, peça chave até no Campeonato que já perdeu
O Brasileirão de 2010 segue tão melancólico quanto os melancólicos de esquerda e/ou saudosistas do futebol arte que integram a primeira divisão da nossa imprensa esportiva. O fato de Fluminense e Cruzeiro, clubes na disputa direta pela taça deste ano, enfrentarem um Palmeiras sem muitas chances levanta suspeitas: O Corinthians, arquirival verde, está na disputa pelo título e depende que seu nêmesis, mesmo não tendo mais o que ganhar neste Brasileirão - e ainda com o álibi de estar na disputa da Sul-Americana -, não entregue - como pode ter feito o São Paulo que tomou de 4x1 do Fluminense na última rodada. Por outro lado, Juca Kfouri e outros segue fazendo apologia ao sistema de pontos corridos. O problema é dos clubes, que não éticos, que entregam seus jogos para ferrarem com seus rivais, não do sistema. Parece até a União Soviética dos anos 80, onde a culpa pelo fracasso do Socialismo, em última instância, era do povo ou a Rússia dos anos 90, onde o fracasso do Capitalismo também é culpa do povo - ironia do destino, o mesmo Gaidar que liberalizava geral nos anos 90 era o mesmo que calava os críticos do bolshevismo nos anos 80 na sua função de censor. Ou, futebolisticamente falando, parece até aquele caso daqueles treinadores que pegam um elenco  sem bons alas, bota a turma para jogar para jogar no 3/5/2 e depois reclama dos jogadores. Não, o problema do Brasileirão não é só o calendário que mais atravessado impossível, é também do sistema mesmo, ganha quem souber ser mais morno durante longos oito meses - e isso, pelo visto, Muricy sabe fazer melhor do que ninguém, apesar de ter exagerado na dose no ano passado.

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Na Copa Sul-Americana, o Palmeiras, em um jogo horrível, bateu o Goiás por 1x0 fora - golaço de Marcos Assunção, o melhor jogador de um time que contratou Valdivia e Kléber a peso de ouro, mas que funciona a base das cobranças de falta, chutes de fora de área e do toque refinado do veterano volante, que veio quase de graça. É verdade que Deola e Tinga estão bem, Gabriel Silva tem futuro e Luan e Edinho estão suando a camisa, mas falta alguma coisa de qualidade nesse time verde, algo que precisará sobrar em termos de raça para levar esse título. Esse elenco atual do Goiás é o seu pior dos últimos dez anos. Do lado de lá da chave, LDU e Independiente fizeram um jogão e os argentinos voltaram com um 3x2 para seu país, depois de estarem perdendo por 3x0. É incrível como times argentinos crescem em torneios continentais, o Independiente amarga as últimas posições do seu nacional, mas conseguiu enfrentar de igual para igual o bom time da LDU em Quito, conseguindo um ótimo placar.

2 comentários:

  1. Ei Hugo, você sabia que eu sou parmera desde criancinha, não?

    []'s

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  2. te que entregar o jogo sim!!!!! eu como torcedor se o time não derrubar o rival eu deixo de gostar de futebol.

    Primeiro o time de coração
    Segundo contra o rival

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