quarta-feira, 4 de março de 2009

Fim de uma invencibilidade

Tanto do Palmeiras em casa nesse ano quanto a minha no Palestra em todos os tempos. Triste, triste. Um 3x1 doído frente ao Colo Colo com direito a show do argentino Lucas Barrios, jogador para se observar com a devida atenção. Sobre o verde, o que ficou foi a imagem de um time em muitos momentos apático, com graves problemas defensivos que tardaram a aparecer mais quando apareceram implodiram o time e, apesar de estarmos falando apenas na segunda derrota nos 14 jogos deste ano, já é a segunda derrota justamente na fase de qualificação da Libertadores - o que deixa o time verde na dependência de conquistar 10 dos 12 pontos que vai disputar.

Um primeiro tempo onde o time atacou bastante, mas sem eficácia, sempre pelo meio. Armero não jogou e nem Marcão, nem Jefferson mostraram nível para um jogos desses - como Fabinho Capixaba normalmente nunca joga mesmo - não havia jogada possível que se surgisse pelos flancos. Diego Souza mais adiantado foi um fiasco. Tá na cara que ele é um jogador que deve jogar mais recuado, como no início do ano, jogando para o time e saindo de trás, não como armador, nisso Cleiton Xavier se sai muito melhor; ontem, o que se viu foi o contrário, C. Xavier sacrificado como volante e Diego com liberdade para armar, o que não pode ser nada menos do que burrice ou, quem sabe, a materialização do feitiche que Vandeco Luxemba tem em querer transformar Diego no craque que ele não é, nem nunca será - o que atrapalha tanto o jogador quanto o time do Palmeiras.

Enquanto o ataque do Palmeiras apenas rondava a zaga chilena, chegou uma hora que o time cansou e vieram uma série de contra-ataques. Bruno catou todos os chutes até que Barrios pegou a bola, peitou a zaga quase toda e fez o gol. Fim do primeiro tempo e o placar marcava 1x0 para o Colo Colo.

Vem o segundo tempo, logo aos quatro a torcida verde vibra com a expulsão do jogador chileno até que poucos minutos depois vem o contra-ataque, nova falha da defesa e novo gol chileno - agora de Barrios para Torres. Vanderlei muda o time, depois de ter metido Jumar no lugar de Maurício Ramos e Jefferson no lugar de Marcão no intervalo, saca Fabinho Capixaba e põe Lenny; time cresce, passa a atacar na raça, debaixo do grito da torcida até que Keirrison, com cruzamento de Cleiton Xavier, diminui. E aí vem mais pressão, bola no travessão de Keirrison até que... O Colo Colo mata o jogo em novo contra-ataque.

Os defeitos que a equipe mostrou na noite de terça não são lá nenhuma novidade. Contando do jogo contra a LDU pra cá foram 11 gols sofridos em cinco jogos. Edmílson, Danilo e Maurício Ramos que se entenderam tão bem nos primeiros jogos agora batem cabeça como juvenis. O problema das alas é outro a ser visto com carinho, Evandro ou Wendel improvisados são milhares de vezes mais eficientes que Fabinho. Armero, nesse exato momento, não tem um reserva. Por outro lado, o que funciona nesse time - e muito bem -, o ataque nem sempre vai marcar três ou quatro gols assim como também está claro que as estrelas ali são Keirrison e Cleiton Xavier assim como Lenny merece a titularidade - Diego Souza deveria jogar um cadinho mais recuado assim como Edmílson poderia jogar como volante ao lado de Pierre.

O fato é que estamos falando de um time muito jovem que foi incrível e surpreendentemente bem no início do ano, mas que derrapou nos últimos jogos. É hora de ter calma. A chance de classificação na Libertadores é de apenas um sexto, mas tem de ser levada em consideração. As mudanças necessárias, que saltam aos olhos dos torcedores, devem ser feitas tão logo. Luxemburgo, que nunca foi teimoso, já arruinou um Brasileirão graças ao fato de ter apostado nos jogadores errados, daí surge uma vã esperança de que ele se toque de algumas coisas pelo que aconteceu ontem.

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